Biden vai suspender a proibição de vendas de armas ofensivas para a Arábia Saudita

A administração Biden decidiu suspender a proibição de vendas de armas ofensivas dos EUA para a Arábia Saudita, cinco fontes familiarizadas com o assunto informaram à Reuters na sexta-feira, revertendo uma política de três anos para pressionar o reino a encerrar a guerra no Iêmen.

"Os sauditas cumpriram sua parte do acordo, e estamos preparados para cumprir a nossa", disse um alto funcionário da administração Biden.

Segundo a lei dos EUA, grandes acordos internacionais de armas devem ser revisados pelos membros do Congresso antes de serem finalizados. Legisladores democratas e republicanos questionaram o fornecimento de armas ofensivas para a Arábia Saudita nos últimos anos, citando questões como o impacto sobre civis em sua campanha no Iêmen e uma série de preocupações com direitos humanos.

Mas essa oposição enfraqueceu em meio à turbulência no Oriente Médio após o ataque mortal do Hamas a Israel em 7 de outubro e devido a mudanças na condução da campanha no Iêmen.

O nível de ameaça na região aumentou desde o final do mês passado, com o Irã e o poderoso grupo Hezbollah, apoiado pelo Irã, do Líbano, prometendo retaliar contra Israel após o chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh, ser morto em Teerã.

A administração Biden também tem negociado um pacto de defesa e um acordo de cooperação nuclear civil com Riade como parte de um amplo acordo que prevê a normalização das relações da Arábia Saudita com Israel, embora isso continue sendo um objetivo elusivo.

Desde março de 2022 - quando sauditas e houthis entraram em um cessar-fogo liderado pela ONU - não houve mais ataques aéreos sauditas no Iêmen e os disparos transfronteiriços do Iêmen para o reino pararam em grande parte, disse o funcionário da administração.